Pai e filho são condenados a mais de 30 anos de prisão por homicídio após discussão sobre galo em Governador Valadares
01/07/2025
(Foto: Reprodução) Crime aconteceu em maio de 2023. Uma das vítimas morreu antes de chegar ao hospital e a outra teve a mandíbula destruída. Pai e filho são condenados a mais de 30 anos de prisão por homicídio após discussão sobre galo em Governador Valadares
G1
Foi divulgada, nessa segunda-feira (30), a condenação de pai e filho a penas de 35 e 30 anos de prisão, respectivamente, por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. O julgamento, realizado na última quinta-feira (27), durou quase 15 horas. O crime aconteceu após uma discussão envolvendo o pagamento de um galo.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Conselho de Sentença reconheceu as qualificadoras de motivo fútil e o uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. As teses da defesa, como legítima defesa, desistência voluntária e homicídio privilegiado, foram rejeitadas pelos jurados.
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O crime aconteceu em maio de 2023, no bairro Vale Pastoril. Os réus, acompanhados de outros três indivíduos não identificados, foram até o bar de uma das vítimas e iniciaram uma discussão sobre a venda de um galo. Durante o desentendimento, o pai sacou um revólver e atirou contra a vítima, atingindo-a na mandíbula.
Ao perceber a confusão, Jackson Fernando dos Santos Alves, filho da vítima, tentou intervir. Segundo o MPMG, o filho do autor dos disparos identificou Jackson como filho da primeira vítima, o que levou o pai a atirar novamente, atingindo o jovem na região abdominal. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar ao hospital.
Ainda de acordo com o promotor de Justiça Mateus Netto Coelho, os jurados "demonstraram firmeza diante das provas apresentadas e não se deixaram convencer pelas versões da defesa". O promotor destacou que o caso teve consequências devastadoras para a família das vítimas. “Foi um crime grave e desolador. Uma família perdeu um filho e teve um pai que ficou com sequelas permanentes, além de ter aguardado meses por uma cirurgia de reconstrução da mandíbula”, afirmou.
A pedido do Ministério Público, a Justiça determinou a execução imediata das penas, negando aos réus o direito de recorrer em liberdade. A decisão considerou a gravidade dos fatos e a necessidade de garantir a ordem pública.
Os dois condenados foram encaminhados ao sistema prisional estadual, onde seguem presos para o cumprimento das penas.
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